Frango, porco, boi ou ovo? Saiba qual proteína ficou mais cara no mercado paulista em dezembro

Cotações da proteína avícola estão em alta desde julho, impulsionada pela demanda doméstica aquecida e pelo bom desempenho das exportações, segundo leva...

Frango, porco, boi ou ovo? Saiba qual proteína ficou mais cara no mercado paulista em dezembro
Frango, porco, boi ou ovo? Saiba qual proteína ficou mais cara no mercado paulista em dezembro (Foto: Reprodução)

Cotações da proteína avícola estão em alta desde julho, impulsionada pela demanda doméstica aquecida e pelo bom desempenho das exportações, segundo levantamento da Esalq/USP em Piracicaba (SP). Quilo da carne de frango ficou mais cara na primeira quinzena de dezembro deste ano Getty Images via BBC O preço do quilo da carne de frango ficou mais cara na primeira quinzena de dezembro deste ano em São Paulo e perdeu competitividade frente à proteína suína. A carne de frango só não perde para a carne bovina. Leia mais, na reportagem, abaixo. O levantamento parcial foi feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP). ✈️Segundo o Centro de Pesquisas, as cotações da proteína avícola estão em alta desde julho, impulsionada pela demanda doméstica aquecida e pelo bom desempenho das exportações. 📈No dia 25 de novembro, o preço do quilo carne de frango negociada no atacado das regiões da Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado era de R$ 8,08. 📲 Participe do canal do g1 Piracicaba no WhatsApp 🐔No dia 3 de dezembro, o preço do frango congelado fechou em R$ 8,17 e nesta última sexta-feira (13), a cotação ficou em R$ 8,34. O preço do quilo frango resfriado, nas cidades consultadas acima, fechou em R$ 8,18 nos dias 25 de novembro e 3 de dezembro e passou para R$ 8,30 o quilo nesta sexta-feira. Arquivo Secom 🐷Carne suína em queda Já os preços da carne suína apresentam queda neste mês frente ao anterior, diante da baixa liquidez e da oferta interna elevada, enquanto os de boi avançam, ainda conforme pesquisas do Cepea. 🐖O preço do quilo da carne suína pago ao produtor caiu cerca de 7% entre novembro e dezembro deste ano, passando de R$ 10,17 para R$ 9,51, respectivamente. Assista no VÍDEO, abaixo. “Os preços médios do suíno vivo comercializado no mercado independente subiram com força de outubro para novembro, na região de SP-5, que englobam as cidades de Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba. As cotações do milho na praça de Campinas (SP) avançaram de forma menos intensa”, analisa o Cepea. 'Compra do Mês': preço da carne suína cai em dezembro Nos últimos dias, porém, os preços do suíno caíram. Segundo pesquisadores do Cepea, a oferta de animais para abate no mercado independente ficou acima da demanda, devido à baixa liquidez da carne. "Além disso, produtores passaram a disponibilizar lotes extras, com receio de novas quedas de preços no curto prazo, o que acarretou em descompasso entre oferta e demanda", ainda conforme explicam pesquisadores do Cepea. 💰Poder de compra 🌽Levantamentos do Cepea apontam que poder de compra de suinocultores paulista se recuperou frente ao milho em novembro e cresceu pelo quinto mês seguido em relação ao farelo de soja. Já a média mensal do farelo registrou queda no período, também de acordo com pesquisas do Cepea. Preços da carne suína e do frango registram alta no início de agosto, conforme levantamento da USP Reprodução/TV TEM Movimento contínuo A competitividade da carne de porco cresceu frente a de boi e de frango, principais concorrentes, na primeira quinzena de outubro. 🌽A oferta limitada de carne de boi, o aumento do preço dos insumos na avicultura, como milho e farelo, e, por consequência, a queda no poder de compra do produtor estão entre as explicações para a perda de competitividade. Entenda cenário, abaixo. 📉 Enquanto os preços da proteína suinícola registram leves quedas em outubro, as cotações das carnes bovina e de frango se valorizavam no período. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína era comercializada à média de R$ 12,98 o quilo até o dia 15 de outubro. O valor representa baixa de 0,6% na comparação com o mês anterior. "A pressão vem da menor liquidez interna da carne, observada entre o final de setembro e a primeira semana de outubro", ressalta o Cepea. 🥚Ovos A maior oferta de ovos no mercado doméstico fez com que as cotações sigam em queda no terceiro trimestre deste ano. A produção brasileira de ovos para consumo segue em alta e alcança novo recorde da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Foram 332,78 milhões de dúzias produzidas em julho, volume 13,2% superior ao do mesmo período de 2023. a "Em Bastos (SP), principal região produtora do estado de São Paulo, a caixa com 30 dúzias do ovo tipo extra branco teve média de R$ 152,33 entre julho e setembro, recuo de 15,3% em relação ao trimestre anterior, em termos nominais", aponta o Cepea. Para o tipo vermelho, na mesma comparação, a baixa foi de 16,6%, com o preço médio passando para R$ 149,70/cx. Desvalorização da carne de frango está relacionada ao aumento do poder de compra da população na primeira quinzena de junho. Reprodução EPTV 🐂Boi Gordo Cepea O Indicador do boi gordo Cepea/B3 acumulou queda de 10,2% na primeira dezena de dezembro, encerrando o período a R$ 316,10. Pesquisadores do Cepea explicam que a pressão veio sobretudo da concentração pontual das entregas. "Em alguns casos, frigoríficos vinham ofertando preços considerados baixos pelo vendedor, o que dificultou a negociação de uma quantidade maior de animais", apontou. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça casada bovina se desvalorizou 3,44% nos dez primeiros dias do mês, também de acordo com levantamento do Cepea. Quanto às exportações, em novembro, o volume embarcado de carne bovina superou em 21% o do mesmo período do ano passado, mas diminuiu 15,6% em relação ao recorde de outubro. "Na primeira semana de dezembro, novamente, os dados indicam diminuição dos envios frente à última semana de novembro. Com isso, o interesse dos frigoríficos pelo boi gordo também caiu, impactando os preços no mercado doméstico", apontam os representantes do setor. VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba